O que é a Área de Serviço?


“Todo serviço deve ser feito com amor.”
 
“O amor deve ser o alento vital da Organização Sai.”
 
“O serviço é a mais alta prática espiritual. O próprio Deus desce para
servir à humanidade e conduzi-la aos ideais que ela tem ignorado.
Portanto, considerem o deleite de Deus, quando os seres
humanos servem uns aos outros.”
 
(Sai Baba – Diretrizes da Organização – p.103)
 
Recomendações para o Serviço Sai
 
O propósito do serviço Sai
 
É papel dos dirigentes Sai fazer com que os devotos sempre se recordem do significado real do serviço. A quem estamos servindo? Qual o propósito do serviço dentro da Organização Sai? Esta avaliação deve ser feita em todas as atividades de serviço. Em Prasanthi Nilayam, quando os estudantes vão para as vilas realizar serviço, Swami sempre recomenda: “Não ofereçam alimento e roupas por piedade. Tenham o sentimento de que estão servindo o Ser Interno, e percebam que o Ser Interno em vocês é o mesmo que está em todos.”
 
O corpo humano nos foi dado para servir, devemos aproveitar todas as oportunidades que nos são dadas. Porém, se não estivermos realizando o serviço com o correto sentimento, estaremos desperdiçando tempo e energia. Não devemos avaliar o serviço pelas ações que estão sendo realizadas, mas sim pelo sentimento que move essas ações. Como Swami diz, “Deus não lhe perguntará: Quando e onde você prestou serviço? Ele há de lhe perguntar: Por que motivo você o fez? Que intenção o moveu a isso? Você pode mensurar o serviço e se vangloriar da quantidade, mas Deus busca qualidade, a qualidade do coração, a pureza da mente e a santidade dos motivos.”  (Sai Baba - Caminhos para Deus, p. 317)
 
A Organização Sai só existe para que possamos alcançar a meta da nossa vida: a auto-realização. O serviço Sai não é um serviço social. O serviço Sai é um serviço espiritual, que visa a nossa transformação a fim de que possamos alcançar esta meta. “Mas não pense que você pode reformar ou remodelar o mundo por meio do serviço. Talvez você possa, talvez não, mas isso pouco importa. O verdadeiro valor do serviço, seu resultado mais visível, é aquele que o transforma.” (Sai Baba - Caminhos para Deus, p. 316)
 
 
 
Uma vez que tenhamos nos conscientizado do propósito real do serviço, o próximo passo é avaliarmos se o serviço que estamos realizando, ou iremos realizar, é um serviço necessário. Nosso querido irmão Jagadeesan, durante a 1ª Conferência Internacional de Dirigentes Sai, colocou essa questão como um dos grandes desafios para o próximo milênio dentro da nossa Organização: “O que cada Organização Sai, em cada país, cada estado, cada município, deveria fazer, é desenvolver um processo de avaliação. Primeiro, ‘auto-avaliação’. Estamos fazendo alguma coisa significativa, cuja continuidade satisfaz uma necessidade genuína da comunidade? E se pararmos, isto será sentido como uma perda pelos que estão sendo atendidos? Ou estamos fazendo uma atividade com base no que muitos outros também estão fazendo e, se a interrompêssemos, isto não traria problema para as pessoas atendidas, porque é uma atividade secundária com benefícios secundários?
 
Em resumo, a pergunta que deveria ser feita é: estamos fazendo ‘Serviço de Necessidade’ ou apenas ‘Serviço de Conveniência’?
 
Cada nível da Organização Sai no país deveria a seguir fazer uma ‘avaliação externa’. Deve ser feita uma pesquisa sobre o tipo de serviço que é necessário para prover o máximo benefício para a comunidade, doando o amor, o tempo e os recursos dos membros Sai. Em vez de desenvolver seis ou oito atividades de ‘benefício secundário’, selecionem uma ou duas atividades significativas de máximo benefício – satisfazendo uma necessidade real – isto é, em vez de cavar oito ou dez buracos e tirar gotas de água, cavem um ou dois poços profundos e tirem um jorro.”
 
Como exemplo, citamos Madre Tereza de Calcutá. Ela nos conta em seu livro, “A Alegria da Doação”, que, ao chegar no México para abrirem uma nova casa de moribundos, as irmãs voluntárias, antes de criarem algum projeto de atuação, foram à cidade para descobrir o serviço de maior necessidade, ou seja, aquele que ninguém queria fazer, aquele que exigia um grande sacrifício. Após escolherem em qual serviço atuar, toda a energia era concentrada nele. Esta era a forma como elas trabalhavam e que devemos nos inspirar para o nosso trabalho, isto é, não devemos “escolher” qual serviço realizar, mas nos engajarmos no serviço realmente necessário. Assim, estaremos praticando o que Swami nos recomenda no Serviço Sai.
 
Qual é o melhor serviço? O melhor serviço é aquele que está diante de nós! Porque irmos a um asilo conversar com os idosos se não damos atenção aos idosos em nossas casas? Em primeiro lugar devemos satisfazer às necessidades mais próximas de nós. Swami nos diz que quando deixamos de cuidar dos nossos filhos para cuidar dos filhos dos outros alguém terá que cuidar dos nossos! O mesmo acontece com a nossa Organização. Façamos uma reflexão: estamos suprindo as necessidades dos nossos Centros e Grupos? Das nossas Escolas Sai? Ou estamos trabalhando ajudando a outras instituições esquecendo o Serviço de nossa casa? Se não cuidarmos quem cuidará? Swami nos diz que o serviço começa dentro de casa. Não adianta nos empenharmos em praticar o serviço na sociedade se dentro da nossa Organização estamos necessitando de assistência.
 
 “Deus ama aos que servem ao próximo porque Ele está em todos. Quando servirem a alguém, seja quem for, considerem esse serviço como serviço a Deus. Tornem divinas todas as suas ações, considerando cada uma como um trabalho de Deus”,
(Sai Baba - Palavras do Amor Divino, p. 46)
 
 
Além de tudo isso, não podemos perder de vista que os resultados de todas as nossas ações pertencem a Deus. Muitas das atividades de serviço que realizamos, às vezes, não produzem os resultados esperados dentro da nossa “limitada” visão. Com isso, podemos nos sentir desmotivados, porém, não devemos nos prender aos resultados. Swami nos diz: “O Senhor também cuidará de testar sua fé para se assegurar que ela é firme e que seu espírito de serviço é total e universal. Os praticantes menos determinados dessa disciplina espiritual do serviço logo serão abalados por essas provas e se desviarão do rumo certo.” (Sai Baba - Caminhos para Deus, p. 320)
 
Ao planejar qualquer atividade de serviço, o mais importante é que tenhamos um ideal nobre e um propósito puro. Desta forma, Swami estará nos abençoando. Nosso irmão Leonardo Gutter, em sua recente visita ao Brasil, ilustrou bem este ponto colocando que deveríamos viver na constante consciência da presença de Deus em nossas vidas, pois se tivermos esta consciência poderemos dedicar nossas ações a Ele, e por conseqüência, não nos sentiremos autores dessas ações. Se não fizemos, não somos os responsáveis! Quem faz é Ele! Nós não somos os autores.
 
 “Os Vedas (Ensinamentos Sagrados) nos afirmam que é um erro dividir o nosso serviço em duas partes, e dizer que uma coisa é o nosso trabalho e outra é o trabalho de Deus. Todo serviço que temos que prestar ao longo da vida é de Deus; nenhum pode ser chamado de nosso. Você deve cumprir todo o seu dever consciente de que ele é de Deus, e então, o Senhor onipresente cuidará dos resultados.”  (Sai Baba - Caminhos para Deus, p. 100)
 
 
 
Antes de iniciarmos um projeto de serviço, precisamos conhecer o nosso papel como Líderes Sai. Swami diz que a Liderança Sai se resume em quatro palavras: SER, FAZER, VER e FALAR. Durante o Encontro Latino Americano de Jovens Sai, realizado no Paraguai em 2001, Jagadeesan exemplificou esses pontos: “Baba diz: ‘Sejam. Façam. Vejam. Digam.’ O que quer dizer isso? Suponha que você seja uma pessoa que briga com todos no Centro. Certo dia, lhe pedem para dar uma palestra sobre a Mensagem de Baba e você fica ali, em pé, dizendo: ‘Bhagavan diz que vocês devem amar uns aos outros, e falar docemente com todos.’ As pessoas olharão para você e rirão por dentro. Essa pessoa é a maior ‘pedra de amolar’ e fala de amor! Ninguém acreditará em você! Ninguém! Nem que você esteja lendo a Mensagem de Baba eles vão aceitar, porque, em suas mentes haverá um bloqueio mental contra tudo que você fale. O Presidente está lá dizendo: 'Devemos sair e fazer serviço!’ E as pessoas sabem que ele nunca faz serviço, então dizem: sim, sim, sim... e nada fazem.
 
Caros devotos, Baba diz: ‘Sejam’. Se vocês falam sobre Dharma, devem ser pessoas que observam o Dharma. Se discursam sobre Paz, as pessoas devem sentir: ‘Ah sim! Essa pessoa tenta realmente promover a paz!’ Compreendem então o que significa ‘Ser’? Agora, o ‘Fazer’: vou dar um exemplo pessoal. Às vezes, quando vou a um Centro Sai, pergunto aos líderes que serviços estão fazendo. ‘Jega – respondem – eu quero fazer, mas nenhum dos devotos me apóia! Ninguém quer fazer serviço.’ Pergunto então: e quanto a você? E conto-lhe sobre minha própria experiência. Qualquer coisa que falo é em cima do que pratiquei. Por isso falo com cem por cento de convicção.”
 
“Sai considera a prática das disciplinas mais essencial do que a fé cega em teorias filosóficas. Ninguém tem o direito de aconselhar os outros, a menos que já esteja praticando aquilo que prega.” (A Unidade das Religiões, p. 99)
 
 
 
Para que um serviço alcance sua excelência, também é necessário mantermos uma disciplina quanto às regras estabelecidas. Muitas vezes não compreendemos a razão de tantas regras para direcionarmos uma atividade de serviço dentro da nossa Organização. Porém, Swami nos diz que podemos ter devoção, podemos desempenhar a obrigação que nos foi confiada, mas a menos que estejamos imbuídos de disciplina, elas serão inúteis. “Nunca abandone o hábito da disciplina. Somente quando você alcançar o estado de perfeição não terá que pensar em regras e disciplina.” (Sai Baba - Caminhos para Deus,  p. 87)
 
“Não considerem as regras como restrições impostas por Mim ou como algemas na sua liberdade de ação. Elas existem para ajudá-los na disciplina espiritual que vocês se engajaram. Duas orientações peculiares a esta Organização não devem ser negligenciadas: (1) Faça e então aconselhe; primeiro pratique, depois fale. A não ser que você próprio evite os maus hábitos e as práticas indesejáveis, não fale contra elas. (2) As regras e regulamentos que estabelecemos para a Organização e suas Unidades, devem ser observadas escrupulosamente, até o menor ponto e traço.
 
Agora, porém, a maioria das Unidades não segue estritamente estas regras. Elas figuram na lista de Unidades da Organização, mas no funcionamento real elas não merecem este lugar. Considerem o trabalho através da Organização como seu próprio processo de vida. Este trabalho é o alimento do qual você vive. Se vocês perdem uma refeição, vocês se tornam fracos; se vocês não observam uma regra, a Unidade (Centro ou Grupo) se torna mais fraca. Não somente os dirigentes, mas, se qualquer membro falhar em cumprir qualquer uma das regras e regulamentos, ele estará enfraquecendo a Organização e levando-a ao descrédito. Os membros formam as Unidades. Sua força, sua utilidade, sua expansão, sua eficácia, dependem da obediência disciplinada das regras. Fé na disciplina, expressa pelas regras, é como o coração para os vários ramos da Organização. A falta de disciplina é a causa da desordem e discórdia que estão minando quase todos os tipos de associação dos homens, desde a mais simples até a mais complexa.”
(Sai Baba - 22/12/1971)
 
 
 
É papel do Coordenador de Serviço orientar e estimular o serviço dentro da nossa Organização. Uma das formas de estimular a participação de todos nas atividades de serviço é fazer com que eles se sintam responsáveis pelo planejamento e execução do projeto. Dessa forma, eles irão se motivar a fazer com que o serviço aconteça.
 
Antes de lançarmos um projeto, é importante ouvirmos todos os envolvidos, e não nos basearmos somente em nossas visões. Assim estaremos realizando um trabalho de equipe, como Swami nos recomenda. Devemos trabalhar juntos como verdadeiros irmãos e irmãs que somos.
 
 “A pessoa não pode impor de cima e determinar que necessidades devem ser atendidas. Isto é uma questão ‘de base’; os níveis de necessidade de cada cidade, município, estado ou nação são muito diferentes. Então, as necessidades básicas devem ser satisfeitas e não definidas de cima para baixo.” (Artigo apresentado por J. Jagadeesan na 1ª Conferência Internacional de Dirigentes Sai)
 
 
 
Antes de iniciarmos um projeto de serviço, devemos fazer um planejamento que esteja de acordo com a nossa capacidade de recursos (materiais, tempo, pessoal, etc). Swami diz: “Qualquer pequeno serviço realizado com amor é suficiente. Se derem com amor um copo com água a uma pessoa sedenta, será mais do que suficiente.” (Sai Baba - 22/07/2002)
 
Por isso não devemos nos engajar em atividades que vão além dos nossos recursos. Devemos realizar projetos que estejam de acordo com a nossa realidade. Swami diz que não devemos ser apressados, que essa não é a atitude correta. “Comece cedo, dirija devagar e chegue em segurança”. Deste modo não nos precipitaremos iniciando projetos que talvez não possamos manter.
 
Baba também nos instrui a maneira apropriada para a coleta de fundos ao iniciarmos um projeto: “Eu não gosto de coleta de dinheiro, mas uma vez que algumas despesas devem ser feitas, Eu tenho que permiti-la sob condições muito estritas. Cada (unidade da) Organização tem como membros cerca de dez ou quinze pessoas. Qualquer despesa que eles decidam realizar para o trabalho da Organização, eles têm que coletar entre eles, sem buscar ajuda dos que estão fora deste círculo. Eles têm, é claro, que contribuir de acordo com suas capacidades e limitar o trabalho aos recursos que eles conseguiram arrecadar entre eles.
 
Não planejem além de suas capacidades e circulem com listas, de pessoa a pessoa para conseguir dinheiro. Desta forma, a instituição irá adquirir um mal nome e vocês também não serão poupados. (...) Eu lhes direi o método pelo qual os recursos extras que vocês podem precisar para qualquer atividade de serviço que tenham em vista devem ser coletados. Estimem em primeiro lugar qual será a despesa. Suponha que seja de mil rúpias. Passem essa informação aos quinze membros e marquem uma data na qual todos irão se encontrar. Neste dia, mantenha uma caixa fechada com um corte na tampa, dentro de um quarto. Deixe que cada um vá sozinho até o quarto e deposite na caixa o que sentir que pode. Ele pode sair do quarto sem depositar nada, ele tem a liberdade de fazê-lo, não há obrigação. Se os fundos são coletados com o conhecimento dos outros, uma pessoa que não pode dar tanto quanto uma outra pode se sentir humilhada, por isso este é o melhor método. Quando todos tiverem terminado, abram a caixa e contem o montante. Se tiver menos do que o estimado, divida a quantia faltante entre os membros igualmente e colete de cada um a sua parte. Se houver sobra, guardem para a próxima ocasião.”  (Sai Baba - 21/04/1967)
 
Muitas vezes, passamos por dificuldades para mantermos algum projeto, porém devemos desenvolver a fé de que Deus irá prover os recursos necessários, de acordo com a Sua Vontade. Swami diz que a oração torna possível o impossível. A fé opera milagres, ela pode levar Deus a se manifestar e nos dar aquilo que estamos pedindo. “Eu também sei que vocês estão preocupados com recursos financeiros para completar seus projetos. Sunandhamma (uma devota) até me pediu que indicasse uma solução! Bem, Aquele que vem mostrando o caminho há tanto tempo o fará também nesse caso. Seu projeto será realizado. De outro modo eu não teria lançado a Pedra Fundamental. Bons trabalhos jamais têm carência de fundos; o Senhor virá em seu auxílio. Apenas poderá levar algum tempo. Não percam a esperança. A laranja é bastante amarga quando está verde mas o tempo gradualmente a torna uma fruta doce e deliciosa. A paciência e o esforço persistente serão recompensados.
 
“Devo dizer-lhes, no entanto, que para boas causas como essa, vocês não devem coletar dinheiro de maneira tortuosa. A ajuda deve vir dos corações piedosos, de dinheiro ganho honestamente, de pessoas que conheçam e apreciem o propósito para o qual estão doando. É por isto que eu me oponho a todos os shows beneficentes, aos quais vocês atraem pessoas com uma dança, peça de teatro ou filme e coletam dinheiro para seu plano favorito. Eu também sou contra loterias, onde a sedução por um grande prêmio, que não se fez nada para ganhar, que foi coletado do salário das outras pessoas, é usado para coleta de fundos. Deixe que cada um dê do fundo de seu coração, por sua própria iniciativa, o que puder dar de bom grado, após haver estudado bem o projeto apresentado e as futuras possibilidades da instituição. Seu dever é apenas informar; não tentem nem mesmo persuadir; implorar em nome de um serviço que é inerentemente bom é um insulto à natureza humana; quem pede e quem dá são, ambos, depreciados. Quero dar-lhes essa coragem e essa confiança. Continuem com o espírito de humildade e fortaleza e terão sucesso.” (Sai Baba - 15/09/1963)
 
Durante a Conferência Internacional de Serviço, realizada em 2002, em Prasanthi Nilayam, Swami, em Seu Discurso de 22/julho, mencionou: “Não permitam que os negócios entrem no campo da espiritualidade. A pessoa pode fazer o que quiser para sustentar a sua família, mas ninguém pode fazer negócios usando o nome de Sai. (...) Estamos realizando várias atividades para o bem-estar das pessoas, mas nunca pedi a ninguém uma simples paisa (centavo de rúpia). Vocês todos sabem disso. Não me envolvo com assuntos de dinheiro. Mas as pessoas consideram o dinheiro como Deus. Como essas pessoas podem se chamar de devotos? (...) É melhor mendigar nas ruas do que usar o Meu nome para coletar dinheiro. (...) Não saiam por aí procurando ajuda de outras pessoas. Se precisarem de alguma ajuda, venham a Mim. Eu a providenciarei sem hesitar. Não coletem nenhum centavo como doação. Existem algumas pessoas que doam cem rúpias e se glorificam como se tivessem doado mil rúpias. Não estou interessado em tais atividades. Quando Swami permanece ao seu lado como uma montanha, por que vocês devem procurar assistência de outra pessoa? Não corram atrás da ajuda dos outros. (...) Negócios em nome de Swami são altamente repulsivos e perigosos. Não pode haver comércio em assuntos de devoção. Até mesmo o oceano salgado pode produzir água potável mas esse tipo de devoção voltada para o negócio não pode produzir nada. Não permitam que ninguém que peça dinheiro se aproxime de vocês. Eu nunca peço nenhuma doação a ninguém, nem tenho agentes para propagar Minha Mensagem. (...) Não preciso de templos e nem de grandes prédios. O templo do seu coração é mais do que suficiente para Mim. Eu ficarei feliz nele.”
 
Devemos ter muito cuidado quanto à forma de coletarmos recursos em nome de Sai. Por exemplo, não devemos em hipótese alguma, realizar eventos tais como, chás e almoços beneficentes, sorteios de rifas, etc, com o objetivo de arrecadarmos fundos para iniciarmos ou mantermos, qualquer obra de serviço dentro da nossa Organização.
 
 
Swami nos diz: “Sua vida é Minha mensagem”. Nossa maior responsabilidade é proteger o Seu Divino Nome sob quaisquer circunstâncias. Devemos lembrar também que o principal objetivo do serviço é a nossa autotransformação. Devemos ser equânimes diante de todas as situações, tendo em mente que tudo o que acontece é para fortalecer a nossa fé, sabendo que Deus está direcionando todo o trabalho.
 
“Façam todo o trabalho como atores em uma peça. Mantenham sua identidade separada, não atrelada à sua personalidade ou ao seu papel. Lembrem-se que tudo é uma simples peça  e que Deus lhes designou uma participação. Representem bem a sua parte e aí termina toda a sua obrigação. Ele é o autor da peça e a desfruta como espectador.” (Sai Baba - Caminhos para Deus, pg. 101)
 
Em caso de dúvidas sobre este assunto, sugerimos que entrem em contato a Coordenação de Serviço do Conselho Central, através dos canais apropriados, para que possamos dar as devidas orientações.
 
 
 
Durante a palestra proferida por Leonardo Gutter foi mencionado por ele: “(...) a Organização Sai vai se abrir para a comunidade. Vão haver dois eixos. Um eixo é o interior: a transformação espiritual das pessoas através da eliminação do ego. O trabalho para a redução. O outro eixo vai ser em direção à comunidade.”
 
Deus permeia tudo. Não há lugar onde Ele não esteja presente. Isso significa que Ele está presente em toda parte, em todo ser. Como Ele mesmo diz, todas as formas e nomes são dEle. Portanto, devemos respeitar todos os seres, vendo Deus em todos. Pertencer à Organização Sai não é uma garantia de iluminação. Não pertencer à Organização Sai não impede ninguém de alcançá-la. Isso implica na necessidade de termos enorme cuidado e respeito por todas as religiões, por todas as maneiras de ver Deus, por todas as formas de amar Deus.
 
Quando realizamos um trabalho na sociedade levando o nome de Sai, devemos ter a consciência de que Swami não quer que façamos publicidade do Seu nome. Devemos ser cuidadosos para que nossa postura não gere estranheza ou mal-estar nas pessoas. Determinadas atitudes e expressões que são usadas dentro dos Centros Sai devem ser evitadas. Por exemplo, é muito comum os devotos se cumprimentarem com “Om Sai Ram”. Porém, isso pode causar certo constrangimento, por não se conhecer o significado, além de criar um sentimento de separatividade naqueles que não fazem parte da Organização. Devemos evitar também a distribuição de vibhuti e fotos, além da entoação do Mantra Om e do Mantra Gayatri no local onde está sendo realizado o serviço.
 
Se não estivermos conscientes da missão de Swami, não conseguiremos ser verdadeiros instrumentos em Suas divinas mãos. Devemos nos esforçar para que todas as nossas ações estejam repletas de amor. O amor deve ser a base de todo o serviço Sai. “O mundo inteiro é um só. Respeitem igualmente todas as crenças. O mundo é como uma veena (instrumento musical indiano) de muitas cordas. Se estas estiverem em harmonia, o mundo será feliz.” (Sai Baba - Palavras do Amor Divino, p. 47)
 
 “Realizem todas as ações como uma oferenda a Deus. Não façam qualquer distinção entre seu trabalho oficial e o trabalho na Organização Sai. A espiritualidade não pode ser dividida em compartimentos. A Organização Sathya Sai foi fundada apenas para permitir a seus membros manifestarem amor em todas as suas atividades. Vocês devem manifestar a Divindade dentro de vocês. Isto é auto-realização, realização de sua unidade com o Divino.” (Sai Baba - Palavras do Amor Divino, pp.19 e 20)
 
 
 
Devemos ser bastante cautelosos no que diz respeito a campanhas de doação de órgãos, pois as únicas formas de doação estimuladas por Baba são a de sangue e a de medula óssea. Sobre doação de órgãos, trata-se de uma decisão particular de cada pessoa, não devendo ser estimulada dentro dos Centros e Grupos.
 
“Um esclarecimento deve ser feito sobre transplante de coração. A operação pode ser fácil, mas quão fácil é conseguir um coração para transplante? Um coração transplantado pode servir por algum tempo, mas não pode servir tanto quanto o coração dado por Deus. Uma palavra de cautela deve ser dita a respeito do transplante de coração e de córnea. O caráter da pessoa de quem foi retirado o coração ou a córnea também deveria ser levado em consideração. Os praticantes de medicina da antiguidade consideravam esses fatores ao tratar os pacientes.” (Sai Baba – 18/12/1995)
 
Para auxiliar na divulgação das campanhas dentro dos Centros e Grupos, sugerimos que sejam convidadas pessoas da área médica (devotos ou não devotos) para que possam esclarecer dúvidas e dar orientações sobre o tema.
 
 
Swami diz que, somente através do amor, é possível transformar o mundo. Não precisamos realizar coisas grandiosas para demonstrar um grande amor a Deus e ao próximo. É a intensidade do amor que colocamos em nossos atos que importa. Devemos, através desse amor, desenvolver o sentimento de unidade. Swami diz que a solidez dos Centros Sai não está na grandeza dos números. A ênfase deve estar na qualidade, e não na quantidade.
 
“Deus nunca abandona ninguém. Ele ajuda e apóia a todos. Não observa as diferenças. Outras pessoas podem ter sentimento de ódio. Deus é amor, amor, somente amor. Todos vocês deveriam também desenvolver o amor em seus corações. Não estou interessado em ver este salão lotado em toda a sua capacidade. Desejo somente qualidade e não quantidade. Uma colher de chá de leite de vaca é melhor do que baldes de leite de jumenta. É suficiente se tivermos uma dúzia de pessoas de coração nobre.
(Sai Baba - Conferência Internacional de Serviço – 22/07/02)
 
Durante o Seu discurso proferido na inauguração da VI Conferência Mundial da Organização Sai, ao ser mencionado que os Centros têm crescido, Swami indagou: “Mas o sentimento de companheirismo entre seus membros cresceu na mesma medida? O sentimento de companheirismo deve crescer. Porém, ao contrário, a divisão está crescendo. Eu quero qualidade, não quantidade.”
 
 “As lâmpadas são muitas, mas a corrente que as ilumina é uma. Desenvolvam este espírito de unidade. A unidade levará à Divindade. Muitos que estão trabalhando na Organização não reconhecem a necessidade de unidade. A ausência de unidade traz inimizades e grupos separados.”  (Sai Baba - Palavras do Amor Divino, p. 21)
 
Dentro dos Centros, devemos promover a harmonia entre os membros. Nós devemos, como recomenda Swami, cultivar uma equanimidade que se eleve acima dos conflitos. “A equanimidade é mais importante do que o crescimento dos Centros. Vocês devem reconhecer a Divindade em todos e em tudo. (...) Promovam harmonia entre os membros. Vocês não podem evitar que haja distinções, tais como Presidentes, Coordenadores, Membros, etc. entretanto essas distinções são funcionais e não tem lugar no nível espiritual. Deus está presente igualmente em todos, do Presidente a qualquer membro. Vocês devem respeitar esta unidade. Posições, nomes e formas podem variar, mas a Verdade Suprema é uma. Este espírito de unidade deve ser cultivado. Então, não haverá inveja ou discórdia. Onde houver unidade não haverá problemas.” (Sai Baba - Palavras do Amor Divino, p. 20)
 
Swami diz que nós podemos estar realizando inúmeras práticas espirituais, mas que não devemos sentir orgulho disso. Devemos encher o nosso coração com a fragrância das virtudes. Esta fragrância trará a paz. Se o nosso coração estiver cheio de maus sentimentos, nós espalharemos o mal em nossa redondeza. Desta maneira, arruinaremos não somente os outros mas também a nós mesmos.
 
Devemos abandonar o sentimento de que estamos servindo aos outros. Isto é muito importante! De fato, os outros não são outros, mas formas de Deus. Por esta razão, o serviço prestado à humanidade é serviço prestado à Deus. Todas as atividades de serviço destinam-se a despertar este sentimento em nós. Somente assim praticaremos o verdadeiro serviço. O melhor modo de amar a Deus é amar a todos e servir a todos. Nossos atos de serviço devem estar inundados pelo espírito de amor. O amor que surge do nosso coração é a verdadeira religião. A humanidade inteira é uma só família. Todos somos irmãos e irmãs. O mundo inteiro é uma única mansão. Devemos fazer todo o esforço para perceber a divindade na humanidade.
 

AMOR !!! AMOR !!! AMOR !!! ESTE É O CAMINHO PARA DEUS!!!


 


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